Resenha: Fahrenheit 451

 Nome: Fahrenheit 451 
Autor: Ray Bradbury
Gênero: Distopia
Número de Páginas: 127 (pdf)


“Viver sem ler é perigoso porque obriga-te a acreditar no que te dizem.” Li essa frase em uma tirinha da Mafalda e não consigo pensar em qualquer outra que combine mais com Fahrenheit 451.

Essa distopia se distingue das outras pois não se passa em um futuro com aparatos tecnológicos incríveis e o golpe que transforma a nossa sociedade na descrita no livro não teve inicio no governo – teve inicio nas massas, nas pessoas comuns. Consegue imaginar as pessoas tão cansadas das noticias tristes e reais e que por isso fecham os jornais? Pessoas que acham que o único objetivo da vida é a diversão e felicidade imediata que trocam poesia, teatro e arte por uma série de sons e imagens sem sentido das televisões? Consegue imaginar pessoas que acham livros uma besteira e totalmente inúteis a ponto de tonar a leitura um crime? Dá para imaginar um mundo sem livros?

O livro conta a história de Guy Montag, um bombeiro que nunca se imaginou fazendo algo diferente de queimar livros. Ele ama o cheiro do querosene e adora a cor do fogo. Mas após milhares incinerações, ele testemunha uma mulher atear fogo em si mesmo e na própria casa para não se desapegar dos seus livros. E ainda tem a vizinha, Clarice, que tem ideias estranhas e o faz pensar: “será que sou realmente feliz?”. Depois de ler um dos livros roubados e encontrar alguém que o ajudasse a entender o que lia sua perspectiva da vida muda totalmente e seu ato de rebeldia tem sérias consequências.

Acho que o detalhe realmente importante não são os personagens, mas sim a singularidade dessa sociedade. Nenhum deles é analfabeto, eles só leem manuais e normas. Eles podem questionar, mas perguntam apenas “como” nunca o “por que”.  Nenhum deles é torturado em praça pública para seguir as regras, é só que ninguém se incomoda em não segui-las. Não há um governo que tudo vigia, mas um senso comum de que a vida foi sempre assim e não pode ser de outro jeito.

A leitura é leve, mas me fez pensar um bocado. Das poucas distopias que eu li, essa é uma daquelas que mais parece real. A futilidade no lugar da arte, as tvs que te bombardeiam de informações nem sempre relevantes, a pouca vontade das pessoas de lerem e questionarem e reivindicarem seus direitos. Como isso não se parece nem um pouco com o rumo que nossa sociedade está tomando?

Indico esse livro se você quer um livro que te faça refletir. Uma verdadeira distopia. Agora eu entendo o porque de ser considerado um clássico. Se você é um leitor iniciante, talvez não te agrade tanto. Mas é um desses livros que todos deveriam tentar e retentar ler em algum momento da vida. 

Essa resenha foi feita por causa de um projeto de uns blogueiros hiper legais. Nós fizemos uma leitura coletiva de gênero e o escolhido foi distopia. Não se esqueça de conferir as resenhas dos amiguinhos: 

Beleza Cruel pela Bruna do Não Empresto Livros.
Todos os nossos Ontens pelo Pedro do Um Menino Leitor.
Fahrenheit 451 pelo Dav do Menino Literário. 
Formatura pela Alice do Meninas na Literatura.

E vocês, já leram esse livro? Deixa seu comentário aqui em baixo me contando o que achou do livro, ou se você ainda não leu, sua opinião sobre a resenha. 



1 Comentários

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